Me considero jaguarense, ou melhor, fronteiriça. Nasci em Pelotas em 1982, mas ainda pequena vim para Jaguarão. Meu mundo é todo este espaço entre Brasil e Uruguai. Foi indo e vindo, no cruzar desta ponte, que aprendi a conviver e respeitar... as diferenças e compreender que o mundo é bem maior que o meu quintal. De uma família militante do PT, aos 13 anos já frequentava as reuniões e encontros do Partido dos Trabalhadores. Exerci o meu direito ao voto com 16 anos. Aprendi que os espaços políticos e organizações sociais tinham de ser ocupados por aqueles que lutam e se comprometem em transformar nosso país, estado e cidade, em um lugar melhor de se viver.
Tive que sair daqui para estudar. Era o destino de
todo o jovem jaguarense que sonhava em se formar em uma Universidade. Na
Faculdade de Jornalismo, entrei para o Movimento Estudantil no papel de
coordenadora do DCE da UCPEL. Nesse mesmo período adentrei no mundo da cultura.
Foi junto a músicos, poetas, atores, trabalhadores da cultura, artistas
plásticos e amantes das artes que comecei a trilhar este caminho de gestora
cultural. Nessa vivência, descobri que a cultura é muito mais que um simples
espetáculo, também é um caminho sólido e duradouro da transformação social tão
almejada. Recém-formada, assumi
meu primeiro jornal em Pomerode, Santa Catarina; na área de comunicação,
trabalhei nas Prefeituras de Pelotas e São Lourenço do Sul; revista Gente Boa
(Pelotas) e jornal A Gazeta Regional (Camaquã). Devo muito da minha formação
política à RadioCom Pelotas, onde trabalhei por sete anos.
Quando o Prefeito Cláudio Martins assumiu a
Prefeitura de Jaguarão, fui convidada a retornar e tive a oportunidade de pôr
em prática tudo aquilo em que eu acreditava. Na Secretaria de Cultura e
Turismo, junto a uma excelente equipe, construímos políticas públicas para a
área da cultura,que tornaram nossa
cidade referência internacional, além de terem gerado emprego e renda e
contribuído para o desenvolvimento social e cidadão de Jaguarão. O Centro de
Interpretação do Pampa (Ruínas da Enfermaria Militar) Restauro do Teatro
Esperança, Projeto Arte de Rua aos Quatro Ventos, Projeto Corredor Cultural,
reconhecimento e valorização da cultura afro com trabalhos junto ao Clube 24 de
Agosto e ao Quilombo Madeira, Feira Binacional do Livro, Cineclube,criação da
Orquesta Jovem e tantos outros que proporcionaram espaços de formação, e
contribuíram para a autonomia de jovens e adultos.
Hoje surge um novo desafio, o de construir uma candidatura à vereança. De contribuir via Legislativo, junto ao Prefeito Cláudio Martins, para os avanços e melhorias de nossa cidade. Coloco meu nome à disposição compreendendo que este será um espaço construído com todos. Será um mandato que dará voz e vez à juventude, aos movimentos sociais e culturais e, claro, como não poderia ser diferente, às mulheres.
Sigo acreditando que ocupar espaços públicos, políticos, é se comprometer com a transformação social. É lutar por uma sociedade mais justa e solidária. É construir com todos e para todos. É trabalhar por uma cidade, um lugar, mais humano e feliz!
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